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22 de Dezembro de 2024 6:29

Última Actualização:1 de Outubro de 2023

Discurso do combate à corrupção faz Angola subir 25 lugares no ranking da transparência

Há três anos que Angola tem estado consecutivamente a subir lugares no índice que avalia a corrupção em 180 países, passando da 167ª posição para a 142ª, em que quanto mais próximo do primeiro lugar mais transparente e menos corrupção existe nesse país, de acordo com o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2020.

 

O índice elaborado pela Transparency International (TI) avalia 180 países e territórios segundo os níveis de percepção de corrupção no sector público, usando uma escala de zero a 100 pontos, em que zero qualifica um país/território como “altamente corrupto” e 100 um “muito íntegro”, livre de corrupção.

 

De acordo com o índice, em 2020 Angola obteve 27 pontos, mais um que em 2019, tratando-se do segundo ano consecutivo a subir em termos de pontuação, tratando-se da pontuação mais alta que o país registou neste índice.

 

Desde que João Lourenço tomou posse como Presidente da República, Angola tem estado sempre a melhorar a sua posição neste ranking. No final de 2017, quando tomou as rédeas do país, João Lourenço fez do combate à corrupção um dos chavões da sua governação, sendo criticado por uns, que dizem ser meramente selectiva, e aplaudido por outros. Ainda assim, face à percepção que se criou no país, mas também lá fora sobre o combate à corrupção, Angola tem subido lugares no ranking da Transparência Internacional e já vai no terceiro ano consecutivo a melhorar posições.

 

Hoje é o 38.º país mais corrupto do mundo, mas em 2017 era o 14.º. Actualmente, é o quinto pior classificado na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, sigla em inglês) – mas está melhor que Madagáscar, Moçambique, Zimbabué e RDCongo – quando em 2017 era o mais corrupto desta comunidade. Assim, a melhoria verificada neste ranking é uma boa notícia para o país que, nesta altura, procura a todo o custo tornar-se apelativo ao investimento privado estrangeiro, importante para a criação e emprego para o país regressar ao crescimento económico, quebrando uma tendência de cinco recessões consecutivas.

 

Angola ainda distante da média mundial

 

Apesar das melhorias, Angola está ainda distante da média mundial que é de 43 pontos. Em termos globais, dois terços dos países tiveram pontuação abaixo de 50, à semelhança de anos anteriores. Além de obterem maus resultados, quase metade dos países estão estagnados no IPC há quase uma década já que não conseguiram efectuar mudanças de forma significativa a fim de aumentar a sua pontuação e combater a corrupção no sector público.

 

Quanto a 2020, a organização escreve que “a Covid-19 não constitui apenas uma crise económica e de saúde, mas também uma crise de corrupção, na qual inúmeras vidas foram perdidas graças aos efeitos insidiosos da corrupção prejudicando os esforços que visavam dar uma resposta global justa e igualitária”. A organização revela que a corrupção desvia os gastos públicos destinados a serviços públicos essenciais e que os países que apresentam níveis mais altos de corrupção, independentemente do desenvolvimento económico, tendem a gastar menos com saúde. Para a TI, “a corrupção continua a contribuir para retrocessos na democracia durante a pandemia da Covid-19. Países com níveis maiores de corrupção empregam respostas menos democráticas à crise”.

 

África Subsaariana é a região com mais corrupção

 

Neste sentido, a África Subsaariana volta a ser a região mais mal classificada no ranking, com 32 pontos, o que compara, por exemplo, com a Europa Ocidental e União Europeia, que registou 66 pontos em 100 possíveis. Por toda a região da África Subsaariana, a pandemia da Covid-19 evidencia as falhas estruturais nos sistemas nacionais de saúde, assim como os riscos de corrupção associados a aquisições públicas e o desvio de verbas de emergência. O choque económico gerado pela pandemia causou manifestações e insatisfação em muitos países, incluindo África do Sul (44 pontos), Angola (27) e Zimbabué (24), protestando contra o aumento nos custos de vida, a corrupção e a proliferação do uso indevido de fundos emergenciais. “Para reverter o quadro actual, no qual a região possui o pior desempenho no IPC, os governos da África Subsaariana precisam tomar medidas decisivas, especialmente nas economias que já se encontram debilitadas pela actual recessão económica, oriunda da Covid-19”, revela o relatório.

 

Portugal continua a ser o país de língua oficial portuguesa melhor classificado no Índice de Percepção da Corrupção de 2020, ao ocupar a posição 33, seguido de Cabo Verde (41.º), Brasil (94.º), Angola (142.º), Moçambique (149.º), com a Guiné Bissau a ocupar o último lugar na 195.ª posição.

 

Fonte: Expansão

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